sexta-feira, 25 de junho de 2010
Preconceito
Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminação|discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "Racismo|racial" e "Preconceito sexual|sexual".
De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada "estereótipo". Exemplos: "todos os alemães são prepotentes", "todos os norte-americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios". Observar características comuns a grupos são consideradas preconceituosas quando entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação, caso contrário reparar em características sociais, culturais ou mesmo de ordem física por si só não representam preconceito, elas podem estar denotando apenas costumes, modos de determinados grupos ou mesmo a aparencia de povos de determinadas regiões, pura e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa.
Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro. Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença, não do conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio.
Enquanto que o preconceito racial é considerado um crime em muitos países, muitas das vezes o "bulying" se mistura com o preconceito.
Algo mais
Os sentimentos negativos em relação a um grupo fundamentam a questão afetiva do preconceito, e as ações, o fator comportamental. Segundo Max Weber (1864-1920), o indivíduo é responsável pelas ações que toma. Uma atitude hostil ou negativa em relação a um determinado grupo, pode ser classificada como preconceito.
Que está penetrado nas relações humanas, e pode se tornar uma questão tradicional, sendo a aprendizagem responsabilizada por alguns desses fenômenos. Existe uma facilidade para que ocorra o aprendizado do preconceito, o sentimento desprezível pelo outro pode ser facilmente apreendido. Todo esse sistema é passado de geração para geração contribuindo para a persistência do preconceito em determinada cultura.
Forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência. Estas atitudes vem acompanhadas por teorias justificativas. O racismo e o etnocentrismo defendem e praticam a superioridade de povos e raças.
Alguns preconceitos étnicos: “Todo cigano é ladrão.” "O judeu é perverso": v. Anti-semitismo. "Os índios em geral são improdutivos e preguiçosos"; "Todo negro é adepto de feitiçaria". Outros preconceitos: a mulher no volante e o velho vagaroso são ridicularizados e acabam excluídos. Há patrões que defendem: "A todo operário falta a inteligência”. O pobre que "nada tem" (não contribui financeiramente, não compra, não paga imposto) e "nada sabe", é marginalizado na sociedade. Não vendo a sua participação valorizada, ausenta-se. Em seguida, os pobres são acusados de apatia, preguiça, ingenuidade e de fuga nas festas. Finalmente lembramos aqui os preconceitos moralistas contra o corpo nu, contra a dança, a umbigada. E o preconceito contra a magia.
O preconceito pode ser motivado pelo medo. Falta a coragem de ir conhecer um terreiro do candomblé, de visitar um doente com aids. O medo da lepra tem uma história milenar.
Há uma espécie de preconceito espontâneo em relação a tudo que é diferente ou desconhecido. É preciso "des-preconceituar", na igreja oficial, a maneira de ver a religião do povo, mesmo aquilo que pareça estranho ou esquisito ao "modus vivendi" oficial. Na igreja oficial, ainda encontramos cientistas, padres e outros que impõem seu modo de pensar e sentir como norma a todos. Riem dos “outros” ou ficam com dó. E isso atrapalha o processo da inculturação. É preciso entender a manifestação religiosa popular em sua gênese, em suas razões, em seus mecanismos de resistência. A religiosidade popular é a vida e a religião dos pobres e não pode ser reduzida à raridade, ao pitoresco, ao curioso, ao folclórico.
Em 1953, num festival internacional de folclore, em Nice na França, o papa Pio XII advertiu os presentes quanto ao perturbado conceito do folclore considerado por muitos mera sobrevivência dos tempos passados, “digna sem dúvida de ser posta em evidência em ocasiões excepcionais, mas sem grande interesse para a vida de hoje. (...) O fato de esta idéia se encontrar bastante espalhada denuncia uma das mais lamentáveis conseqüências do século presente”.
A ciência teológica ainda não dispõe de uma linguagem conceitual capaz de abordar, com segurança e sem preconceito, assuntos como: os antepassados e as almas, as simpatias, o transe, a adivinhação, a tradição oral, a revelação divina nas matas ou nas águas, a folia, a dança ritual, as promessas e os ex-votos, a experiência religiosa do negro e do índio, a lavagem do Bonfim.
Há os que entendem a religiosidade popular como "a religião dos que só entram na igreja carregados: no batismo, na primeira comunhão, no casamento e no enterro". Outros afirmam: "O povo tem religiosidade, mas não tem uma fé comprometida". Há quem diga: "A religiosidade popular é uma religião cega que não tem nada de bom para dar ao povo a não ser superstições". Outro preconceito seríssimo ouvido na semana santa: “O povo tem fé no Senhor Morto e não acredita na ressurreição”. Além disso, a religiosidade popular seria “milagreiro”, “pietista”, “conformista”, "individualista".
É um erro achar que a religiosidade, o folclore e toda a cultura popular não devem mudar e que precisam ser protegidas e conservadas em seu estado original e puro. Pensando bem, a cultura do pobre é sua vida. A cultura e a religiosidade popular são dinâmicas e mudam constantemente. O protagonista da mudança é o próprio povo livre, consciente e resistente.
SeSi
década de 1940 significou para o Brasil um período de adaptação às recentes mudanças no cenário interno e externo: a renúncia de Getúlio Vargas, o fim da Segunda Guerra Mundial, a posse de Eurico Gaspar Dutra na presidência da República e o crescimento da industrialização. Era uma época com perspectivas de liberdade e democracia. Por outro lado, aumentavam as tensões sociais – reflexo de problemas nos setores de alimentação, saúde, transportes e habitação.
Entre os empresários da indústria, da agricultura e do comércio estava clara a necessidade de criar um plano de ação social para o Brasil. Exposto na Carta Econômica de Teresópolis, de 1945, o pensamento ganhou força após uma reunião de sindicatos patronais e empregados de Minas Gerais. Ali, elaborou-se a Carta da Paz Social, amparada pelos princípios de solidariedade social que norteariam a criação do SESI.
O Decreto-Lei nº 9.403, assinado por Gaspar Dutra em 1946, atribuiu à Confederação Nacional da Indústria (CNI) a criação, direção e organização do Serviço Social da Indústria (SESI). Para isso, foi decisiva a liderança dos empresários Roberto Simonsen, em São Paulo, e Euvaldo Lodi, no Rio de Janeiro. Foram eles que despertaram o governo para a necessidade de promover a integração e a solidariedade entre patrões e empregados.
Qualidade de vida em primeiro lugar
No dia 1º de julho de 1946, nasceu efetivamente o SESI, uma entidade de direito privado, mantida e administrada pela indústria. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do industriário e seus dependentes, suas atividades sempre incluíram a prestação de serviços em saúde, educação, lazer, cultura, nutrição e promoção da cidadania.
Inicialmente classificadas como Delegacias Regionais, os Departamentos Regionais do SESI nos estados brasileiros foram surgindo gradualmente. Ao longo dos anos, cada região foi se destacando em áreas específicas. Hoje, no entanto, todos os Departamentos do SESI nos 26 estados e no Distrito Federal são percebidos pelos empresários locais como parceiros para o desenvolvimento social de suas indústrias e de seus funcionários.
Missão
Promover a qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes, com foco em educação, saúde e lazer, e estimular a gestão socialmente responsável da empresa industrial.
Visão
Ser o líder nacional na promoção da melhoria da qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes e da gestão socialmente responsável da empresa industrial.
Invista no estilo de vida saudável
O ritmo acelerado e a competitividade do mundo moderno podem combinar com um estilo de vida saudável. Basta organizar melhor o tempo, lembrando de manter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas regularmente. Para ajudar nessa mudança de hábitos, a indústria conta com o apoio do SESI.
Se o empecilho é a dificuldade de acesso ou a falta de orientação, a instituição oferece esporte, cultura e lazer. Somado a projetos de prevenção de doenças e de Segurança e Saúde do Trabalho (SST), tudo isso se reflete na qualidade de vida do trabalhador.
Para a indústria, o resultado é o ganho em produtividade. Quem tem boa saúde e auto-estima elevada falta menos ao trabalho, tem mais disposição para as tarefas do dia-a-dia e produz melhor. Um estilo de vida saudável é tão importante que, segundo estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, ele corresponde a 53% dos fatores que levam alguém a viver além dos 65 anos.
Com tradição de 60 anos e reconhecimento público, os serviços do SESI foram pensados para atender às particularidades do trabalhador. Seja em seus 1.963 pontos de atendimento no Brasil ou dentro das empresas, a instituição sempre busca promover a qualidade de vida daqueles que fazem a indústria crescer.
Oque é Cadeia Alimentar?
A cadeia alimentar ou trófica é uma sequência de seres vivos/populações que se alimentam uns dos outros. É a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de uma comunidade/ecossistema, iniciando-se nos produtores e passando para os consumidores (herbívoros, predadores) e decompositores, por esta ordem. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes, sempre no sentido dos produtores para os consumidores. A transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica dos cadáveres e excrementos em compostos mais simples, pelo que falamos de um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, diminuindo ao longo da cadeia alimentar(perde-se na forma de calor),não sendo reaproveitável. A Energia tem portanto um percurso acíclico. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia.
A posição que cada um ocupa na cadeia alimentar é um nível hierárquico que os classifica entre produtores (como as plantas), consumidores (como os animais) e decompositores (fungos e bactérias).
Porque frequentemente cada organismo se alimenta de mais de um tipo de animais ou plantas, as relações alimentares (também conhecidas por relações tróficas) tornam-se mais complexas, dando origem a redes ou teias alimentares, em que as diferentes cadeias alimentares se inter-relacionam.
O primeiro nível trófico é constituído pelos seres autotróficos, também conhecidos por produtores, capazes de sintetizar matéria orgânica a partir de substâncias minerais e fixar a energia luminosa sob a forma de energia química. Os organismos deste nível são as plantas verdes, as cianófitas ou cianofíceas (algas verde-azuladas ou azuis) e algumas bactérias que, devido à presença de clorofila (pigmento verde), podem realizar a fotossíntese. Estes organismos são também conhecidos por produtores primários.
Os níveis seguintes são compostos por organismos heterotróficos, ou seja, aqueles que obtêm a energia de que precisam de substâncias orgânicas produzidas por outros organismos. Todos os animais e fungos são seres heterotróficos, e este grupo inclui os herbívoros, os carnívoros e os decompositores.
Exemplo de teia alimentar da Ilha do Urso.
Os herbívoros são os organismos do segundo nível trófico, que se alimentam diretamente dos produtores (por exemplo, a vaca). Eles são chamados de consumidores primários; os carnívoros ou predadores são os organismos dos níveis tróficos seguintes, que se alimentam de outros animais (por exemplo o leão). O carnívoro, que come o herbívoro, é chamado de consumidor secundário. Existem seres vivos que se alimentam em diferentes níveis tróficos, tal como o Homem que inclui na sua alimentação seres autotróficos, como a batata, e seres herbívoros como a vaca.
Os decompositores são organismos que se alimentam de matéria morta e excrementos, provenientes de todos os outros níveis tróficos. Este grupo inclui algumas bactérias e fungos. O seu papel num ecossistema é muito importante uma vez que transformam as substâncias orgânicas de que se alimentam em substâncias minerais. Estas substâncias minerais são novamente utilizáveis pelas plantas verdes, que sintetizam de novo matéria orgânica, fechando assim o ciclo de utilização da matéria.
Fluxo de matéria e energia em uma teia alimentar.
Pirâmide de energia de uma comunidade aquática. Em ocre, a produção líquida de cada nível; em azul, respiração, a soma à esquerda é a energia assimilada.
Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de matéria orgânica. Estas transferências têm aspectos semelhantes, uma vez que se realizam sempre dos autotróficos para os níveis tróficos superiores (herbívoros, carnívoros e decompositores), mas existe uma diferença fundamental: os nutrientes são reciclados pelos decompositores, que os tornam disponíveis para os seres autotróficos sob a forma de minerais, fechando assim o ciclo da matéria, enquanto a energia, que é utilizada por todos os seres vivos para a manutenção da vida, é parcialmente consumida em cada nível trófico. Assim, a única fonte de energia num ecossistema são os seres autotróficos e, simultaneamente, todos os seres vivos dependem dessa energia para realizar as suas funções vitais. Como apenas uma parte da energia que chega a um determinado nível trófico passa para o nível seguinte: apenas 10% da energia de um nível é produzido a partir do próximo, o que geralmente restringe o número de níveis a não mais do que cinco, pois em determinado nível a energia disponível é insuficiente para permitir a subsistência
Exemplos de cadeia alimentar
Não é possível informar com precisão onde começa ou termina um ciclo da cadeia alimentar, de modo geral podemos dizer que são encontrados no meio terrestre, em meio a suspensão vegetativa (nas florestas) e o no meio aquático.
Ciclo Terrestre:
Folha de uma planta→ gafanhoto→ ave→ jaguatirica→ decompositores→ insetos alados→ cobra→ aves→ capim→ coelho→ raposa→ onça→ decompositores
Ciclo em Suspensão:
árvore→ folhas→ lagarta→ mariposa→ sapo→ cobra→ coruja→ decompositores→ mosca→ mosquito→louva-deus→ rã→ cobra→ coruja→
Ciclo Aquático:
algas→ caramujos, insetos alados→ larvas, peixes→ mamíferos, aves aquáticas→ decompositores, Insetos alados→ larvas
Teia Alimentar
Teia ou rede alimentar é um conjunto de cadeias alimentares ligadas entre si, geralmente representado como um diagrama das relações tróficas (alimentares) entre os diversos organismos ou espécies de um ecossistema.
As teias alimentares, em comparação com as cadeias, apresentam situações mais perto da realidade, onde cada espécie se alimenta em vários níveis hierárquicos diferentes e produz uma complexa teia de interações alimentares. Todas as cadeias alimentares começam com um único organismo produtor, mas uma teia alimentar pode ter vários produtores. A complexidade de teias alimentares limita o número de níveis hierárquicos, assim como na cadeia.
As teias alimentares dão uma noção mais realista do que acontece nos diversos ecossistemas porque a relação entre dois organismos (o alimento e seu consumidor) não é sempre a mesma.
Os consumidores variam de alimento conforme sua disponibilidade no ambiente.
Africa do Sul
Os seres humanos modernos habitam a África Austral há mais de 100.000 anos. Na época do contato com os Europeus, os povos indígenas dominantes eram tribos que migraram de outras partes da África há cerca de mil anos antes da colonização europeia. Entre os séculos IV e V, tribos falantes do Bantu vieram para o sul, onde deslocaram, conquistaram e assimilaram os povos originários da África Austral. Na época da colonização europeia, os dois maiores grupos eram os povos Zulu e Xhosa.
Em 1652, um século e meio após a descoberta da Rota Marítima do Cabo, a Companhia Holandesa das Índias Orientais fundou uma estação de abastecimento que mais tarde viria ser a Cidade do Cabo. A Cidade do Cabo tornou-se uma colônia britânica em 1806. A colonização européia expandiu-se na década de 1820 com os Bôeres (colonos de origem Holandesa, Flamenga, Francesa e Alemã) enquanto os colonos Britânicos se assentaram no norte e no leste do país. Nesse período, conflitos surgiram entre os grupos Xhosa, Zulu e Afrikaners que competiam por território.
Mais tarde, a descoberta de minas de diamante e de ouro desencadeou um conflito do século XIX conhecido como Segunda Guerra dos Bôeres, quando os Bôeres e os Britânicos lutaram pelo controle da riqueza mineral do país. Mesmo vencendo os Bôeres, os Britânicos deram independência limitada à África do Sul em 1910, como um domínio britânico. A África do Sul conseguiu sua independência política em 1961 e declarou-se uma república. Apesar da oposição dentro e fora do país, o governo manteve o regime do apartheid. No início do século XX alguns países e instituições ocidentais começaram a boicotar os negócios com o país por causa das suas políticas de opressão racial e de direitos civis. Após anos de protestos internos, ativismo e revolta de sul-africanos negros e de seus aliados, finalmente, em 1990, o governo sul-africano iniciou negociações que levaram ao desmantelamento das leis de discriminação e às eleições democráticas de 1994. O país então aderiu à Comunidade das Nações.
Oque é Biodiversidade?
O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.
Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.
A diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas.
A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas.
Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação.
Quantas espécies existem no mundo?
Não se sabe quantas espécies vegetais e animais existem no mundo. As estimativas variam entre 10 e 50 milhões, mas até agora os cientistas classificaram e deram nome a somente 1,5 milhão de espécies.
Entre os especialistas, o Brasil é considerado o país da "megadiversidade": aproximadamente 20% das espécies conhecidas no mundo estão aqui. É bastante divulgado, por exemplo, o potencial terapêutico das plantas da Amazônia.
Quais as principais ameaças à biodiversidade?
A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está levando muitas espécies vegetais e animais à extinção.
A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.
A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas.
A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção. Por causa do uso medicinal de chifres de rinocerontes em Sumatra e em Java, por exemplo, o animal foi caçado até o limiar da extinção.
A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país.
A introdução de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas também pode ser prejudicial, pois acaba colocando em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país.
Um caso bem conhecido é o da importação do sapo cururu pelo governo da Austrália, com objetivo de controlar uma peste nas plantações de cana-de-açúcar no nordeste do país.
O animal revelou-se um predador voraz dos répteis e anfíbios da região, tornando-se um problema a mais para os produtores, e não uma solução.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Copa do Mundo
A Copa do Mundo (português brasileiro) ou Campeonato do Mundo de Futebol / Mundial (português europeu), é um torneio de futebol masculino realizado a cada quatro anos pela Federação Internacional de Futebol (FIFA). A primeira edição aconteceu em 1930, no Uruguai, com a vitória da seleção da casa. Nesse primeiro mundial, não havia torneio eliminatório, e os países foram convidados para o torneio. Nos anos de 1942 e 1946, a Copa não ocorreu devido à Segunda Guerra Mundial.
O Brasil é o país que alcançou mais títulos mundiais - cinco (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) - e o único pais que ganhou fora de seu continente. É também o único país a ter participado de todos os Campeonatos. Segue-se a seleção da Itália, tetracampeã (1934, 1938, 1982 e 2006); a Alemanha, tricampeã (1954, 1974 e 1990); os bicampeões Argentina (vencedora em 1978 e 1986) e Uruguai (vencedor em 1930 e em 1950); e, por fim, com um único título, as seleções da Inglaterra, campeã em 1966, e da França, campeã em 1998.
A Copa do Mundo é o segundo maior evento desportivo do mundo, ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos de Verão. É realizada a cada quatro anos, tendo sido sediada pela última vez em 2006 na Alemanha, com a Itália como campeã, ficando a França em segundo lugar, o país organizador a Alemanha em terceiro e Portugal em quarto. Em 2010, terá lugar na África do Sul e, em 2014, o Brasil será o país sede, conforme anúncio da FIFA no dia 30 de novembro de 2007. Desde a Copa do Mundo de 1998 é realizada com 32 equipes participantes.As primeiras competições internacionais
O primeiro amistoso internacional de futebol foi jogado em 1872, entre a Inglaterra e Escócia, num momento em que o esporte era raramente praticado fora da Grã-Bretanha. No final do século XIX o futebol começou a ganhar mais adeptos, e por isso se tornou um esporte de demonstração (sem disputa de medalhas) nos Jogos Olímpicos de Verão de 1900, 1904 e 1906, até se tornar uma competição oficial nos Jogos Olímpicos de Verão de 1908. Esse torneio, organizado pela Football Association, consistia em um evento para jogadores amadores, e na época não foi considerado uma real competição, mas sim um mero espetáculo. A seleção amadora da Inglaterra foi a campeã nas duas edições, 1908 e 1912.
Em 1914, a FIFA reconheceu o torneio olímpico como uma "competição global de futebol amador", tomando para si a responsabilidade em organizá-lo. Com isso, nas Olimpíadas de 1924, houve a primeira disputa de futebol intercontinental, na qual o Uruguai consagrou-se campeão, feito repetido na Olimpíada seguinte. Além destas conquistas, o apelido com que a seleção uruguaia é conhecida até hoje - "Celeste olímpica". Em 28 de Maio de 1928, a FIFA decidiu pela criação de um próprio campeonato mundial, iniciando a partir de 1930. Na seqüência das comemorações do centenário da independência do Uruguai, em 1928, aliada às conquistas olímpicas do futebol daquele país, decidiu-se que a sede da competição seria no país sul-americano.
A primeira Copa do Mundo oficial
O Estádio Centenário, local da primeira final da Copa do Mundo, em 1930, na cidade de Montevidéu, Uruguai.
Só treze seleções participaram da primeira Copa, sete da América do Sul (Uruguai, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Peru), quatro da Europa (Bélgica, França, Iugoslávia e Roménia) e duas da América do Norte (México e EUA). Muitas seleções européias desistiram da competição devido à longa e cansativa viagem pelo Oceano Atlântico.
As duas primeiras partidas da Copa ocorreram simultaneamente, sendo vencidas pela França e EUA, que venceram o México por 4 a 1 e a Bélgica por 3 a 0, respectivamente. O primeiro gol em Copas do Mundo foi marcado pelo jogador francês Lucien Laurent. A final foi entre o Uruguai e a Argentina, tendo os uruguaios vencido o jogo por 4 a 2, no Estádio Centenário, em Montevidéu, com um público estimado de 93 mil espectadores.
O artilheiro deste torneio foi o argentino Guillermo Stábile.
Crescimento
Globo em forma de bola de futebol em Nuremberg, Alemanha, como propaganda da Copa do Mundo de 2006. O torneio cresceu ao longo do tempo até se tornar a maior competição esportiva do planeta.
Os problemas que atrapalhavam as primeiras edições do torneio eram as dificuldades da época para uma viagem intercontinental. Nas Copas de 1934 e 1938, realizadas na Europa, houve uma pequena participação dos países sul-americanos. Vários deles boicotaram a Copa de 1938 que, de acordo com o rodízio, deveria ser na América. Já as edições de 1942 e 1946 foram canceladas devido à Segunda Guerra Mundial.
A Copa do Mundo de 1950 foi a primeira a ter participantes britânicos. Eles tinham se retirado da FIFA em 1920, por se recusarem a jogar com países que tinham guerreado recentemente e por um protesto da influência estrangeira no futebol, já que o esporte era uma "invenção" britânica e esses países consideravam que o mesmo tinha sido deturpado pelo modo de jogar estrangeiro.Contudo, eles voltariam a ser membros da FIFA em 1946. O torneio também teve a volta da participação do Uruguai, que tinha boicotado as duas edições anteriores.
Nas Copas de 1934 até 1978 havia 16 seleções classificadas para a fase final (exceto nos raros casos onde houve desistência). A maioria era da América Latina e Europa, com uma pequena minoria da África, Ásia e Oceania. Essas seleções normalmente não passavam da primeira fase, sendo facilmente derrotadas (com exceção da Coreia do Norte, que chegou às quartas-de-final em 1966).
A fase final foi expandida para 24 seleções em 1982, e 32 em 1998, permitindo que mais seleções da África, Ásia e América do Norte pudessem participar. Nos últimos anos esses novos participantes têm conseguido se destacar mais, como Camarões chegando as quartas-de-final em 1990, Senegal e EUA passando às quartas-de-final em 2002, ainda com a Coreia do Sul chegando ao quarto lugar na mesma Copa.
Troféu
Ver artigo principal: Troféu da Copa do Mundo
Troféu da Copa do Mundo FIFA.
De 1930 a 1970 a Taça Jules Rimet era dada aos campeões de cada edição. Inicialmente conhecida como Taça do Mundo ou Coupe du Monde (em francês), foi renomeada em 1946 em homenagem ao presidente da FIFA responsável pela primeira edição do torneio, em 1930. Em 1970, com a terceira vitória da seleção brasileira a mesma ganhou o direito ter a posse permanente da taça. Contudo, ela foi roubada da sede da CBF em dezembro de 1983, e nunca foi encontrada. Acredita-se que os ladrões a tenham derretido.
Depois de 1970 uma nova taça, chamada Troféu da Copa do Mundo FIFA ou FIFA World Cup Trophy (em inglês), foi criada. Diferentemente da Taça Jules Rimet, ela não irá para qualquer seleção, independente do número de títulos. Argentina, Alemanha, Brasil e Itália são os maiores ganhadores dessa nova taça, com dois títulos cada um. Ela só será trocada quando a placa em seu pé estiver totalmente preenchida com os nomes dos campeões de cada edição, o que só ocorrerá em 2038.
Formato
Eliminatórias
Ver artigo principal: Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA
Desde a segunda edição do torneio, em 1934, as eliminatórias têm sido feitas para diminuir o tamanho da fase final. Elas são disputadas nas seis zonas continentais da FIFA (África, Ásia, América do Norte e América Central e Caribe, Europa, Oceania e América do Sul) organizadas por suas respectivas confederações. Antes de cada edição do torneio a FIFA decide quantas vagas cada zona continental terá direito, levando em conta fatores como número de seleções e força de cada confederação. O lobby dessas confederações por mais vagas também costuma ser bastante comum.
As eliminatórias podem começar três anos antes da fase final, e duram um pouco mais que dois anos. O formato de cada eliminatória difere de acordo com cada confederação. Normalmente uma ou duas vagas são reservadas para os ganhadores dos play-offs internacionais. Por exemplo, o campeão da eliminatória da Oceania e o quinto colocado da América do Sul disputaram um play-off para decidir quem ficaria com a vaga da fase final . Da Copa de 1938 para cá os campeões de cada edição eram automaticamente classificados para a próxima Copa, sem precisar passar pelas suas eliminatórias. Contudo, a partir da edição de 2006 o campeão é obrigado a se classificar normalmente como qualquer outra seleção. O Brasil, vencedor em 2002, foi o primeiro campeão a ter que disputar uma eliminatória para a Copa seguinte. Hoje apenas o país sede está automaticamente classificado.
Fase final
A fase final do torneio tem 32 seleções competindo por um mês no país anfitrião. A fase final é dividida em duas fases: a fase de grupos e a fase do mata-mata, ou eliminatória.
Na primeira fase (grupos) as seleções são colocadas em oito grupos de quatro participantes. Oito seleções são a cabeça-de-chave de cada grupo (as seleções consideradas mais fortes) e as outras são sorteadas. Desde 1998 o sorteio é feito com que nunca mais de duas seleções européias e mais que uma seleção da mesma confederação fiquem no mesmo grupo. Na fase de grupos cada seleção joga uma partida contra as seleções de seu grupo, e as duas que mais pontuarem se classificam para a fase do mata-mata. Desde 1994 a vitória numa partida vale três pontos, o empate um e a derrota nenhum. Antes, cada vitória valia dois pontos.
A fase de mata-mata é uma fase de eliminação rápida. Cada seleção joga apenas uma partida em cada estágio da fase (oitavas-de-final, quartas-de-final, semifinal e final) e o vencedor passa para o próxima estágio. Em caso de empate no tempo normal a partida é levada para a prorrogação e se o empate persistir há a disputa de pênaltis. As duas seleções eliminadas da semifinal fazem um jogo antes da final para decidirem o terceiro e quarto lugar.
Escolha das sedes
Nas primeiras edições as sedes eram escolhidas em encontros nos congressos da FIFA. As escolhas eram sempre polêmicas devido a longa viagem da América do Sul à Europa (e vice-versa), as duas grande potências futebolísticas da época (e ainda hoje). A decisão da primeira Copa que aconteceu no Uruguai, por exemplo, levou à participação de apenas quatro seleções da Europa. As duas Copas seguintes foram na Europa. A decisão de sediar a Copa do Mundo de 1938 na França foi outra grande polêmica, já que os países americanos desejavam um sistema rotativo de sedes. Ou seja, uma edição na Europa e a seguinte na América do Sul. Como a Copa de 1934 tinha sido na Itália, a sede da edição de 38 teria que ser teoricamente na América do Sul, o que de fato não ocorreu. Isso fez com que tanto o Uruguai e a Argentina boicotassem o torneio.
Após a Segunda Guerra Mundial para evitar qualquer tipo de boicote ou controvérsia a FIFA adotou o padrão de rotacionar as sedes entre a CONMEBOL e a UEFA,as únicas exceções foram as 1970 1986 que foram realizadas no México e a 1994 que foi realizada nos Estados Unidos.Em 1996,a FIFA por meio de sua assembléia geral decidiu quebrar essa "rotação informal" com o anúncio que em 2002,seria a primeira em continente asiático.Os dois únicos candidatos foram o Japão e a República da Coreia,por questões técnicas e históricas a FIFA optou a realização do torneio nos dois países.Em 2006,o torneio retornou a Alemanha,que ganhou a concessão da organização após várias polêmicas durante o processo de escolha inclusive a preferência do país em cima da candidata sentimental a África do Sul.Após esta polêmica a FIFA anunciou que a 2010 seria em território africano e em 2004,o país ganhou o direito de sediar o torneio.Na mesma decisão anunciou que a 2014 seria na CONMEBOL.Em julho de 2007, o Brasil que era o único candidato teve seu direito de organizar o torneio confirmado.
O sistema de escolha da sede evoluiu ao longo dos tempos, sendo hoje escolhido pela Comitê Executivo da FIFA, normalmente 6 anos antes da realização do torneio.As sedes das 2018 e 2022 serão anunciadas pela instituição em meados de 2011 e pela primeira vez na história as sedes de dois torneios Copa do Mundo FIFA serão anunciadas ao mesmo tempo.
Cobertura dos meios de comunicação
A primeira Copa do Mundo a ser televisionada foi a edição de 54, porém, somente para oito países europeus. Hoje o evento é a competição esportiva mais assistida em todo o mundo, ultrapassando os Jogos Olímpicos. A audiência total da Copa do Mundo de 2002 foi estimada em 2,8 bilhões de telespectadores, sendo que 1,1 bilhões assistiram à partida final. O sorteio, que decidiu a distribuição das seleções nos grupos foi acompanhada por mais de 300 milhões de pessoas.
Cada Copa do Mundo têm como símbolo uma mascote. Willie foi o primeiro, em 1966. Os mascote da Copa do Mundo de 2010 é Zakumi,um leopardo
Cobertura no Brasil
No Brasil, a Rede Globo e a Rede Bandeirantes são detentoras exclusivas dos direitos da Copa do Mundo FIFA 2010 e da Copa do Mundo FIFA 2014 . Na TV por assinatura, os seus subsídiarios Sportv e BandSports também tem a exclusividade do torneio nestas edições,além da ESPN Brasil.Outras emissoras da TV aberta que também tinham os direitos de transmissão do evento foram a Rede Record (1970 - 1978, 1986 e 1998), o SBT (1986 - 1998), a Rede Manchete (1986, 1990 e 1998) e a TV Cultura (1974 - 1982).
A primeira Copa transmitida pela TV foi a de 1954, porém as imagens eram em preto e branco e as partidas eram somente transmitidas por questões de logística para a Europa.A cobertura do evento para o Brasil foi feita por meio do rádio nas Copas do Mundo FIFA de 1954, 1958, 1962 e 1966, porém, já havia disponibilidade de filmes (1958) e "video-tapes" (1962) na TV.
A primeira Copa transmitida ao vivo pela televisão para o Brasil foi a de 1970, em preto e branco. Somente em 1974 com o advento da tecnologia houve a possibilidade da transmissão ao vivo em cores.
Planeta Agua
Planeta Água
Guilherme Arantes
Composição: Guilherme Arantes
Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...
Águas escuras dos rios
Que levam
A fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas
Ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos
No leito dos lagos...
Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d'água
É misteriosa canção
Água que o sol evapora
Pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris
Sobre a plantação
Gotas de água da chuva
Tão tristes, são lágrimas
Na inundação...
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água...(2x)
Água que nasce na fonte
Serena do mundo
E que abre um
Profundo grotão
Água que faz inocente
Riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...
Águas que movem moinhos
São as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra
Pro fundo da terra...
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água
Terra! Planeta Água...(2x)
Floresta Amazonia
Floresta Amazônica é a floresta equatorial que forma a maior parte da Amazônia. É uma das três grandes florestas tropicais do mundo. A hileia amazônica (como a definiu Alexander von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.
A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros. Não existem animais de grande porte, como nas savanas. Entre as aves da copa estão os papagaios, tucanos e pica-paus. Entre os mamíferos estão os morcegos, roedores, macacos e marsupiais.
O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação
A diversidade de espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com que grande parte da fauna ainda seja desconhecida.
A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (40 volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no século XIX.
Bacia do rio Amazonas
Mapa mostrando o trajeto do rio Amazonas, seus principais afluentes e a área aproximada de sua bacia hidrográfica.
A bacia do rio Amazonas envolve todo o conjunto de recursos hídricos que convergem para o rio Amazonas. Essa bacia hidrográfica faz parte da região hidrográfica do Amazonas, uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro.
A bacia amazônica abrange uma área de 7 milhões de km², compreendendo terras de vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil). É a maior bacia fluvial do mundo. De sua área total, cerca de 3,8 milhões de km² encontram-se no Brasil, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.
A bacia amazônica é formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Estes estão situados nos hemisférios sul e norte do globo e, devido a esse fato, o rio Amazonas tem dois períodos de chuvas.
Causas do desmatamento na Amazônia
Mapa do desmatamento da Amazônia brasileira, divulgado em agosto de 2009. Fonte: Imazon/Agência Brasil
A taxa anual de desmatamento na Amazônia cresceu de 1990 a 2003 devido a fatores locais, nacionais e internacionais.
Segundo o relatório Assessment of the Risk of Amazon Dieback feito pelo Banco Mundial, cerca de 75% da floresta podem ser perdidos até 2025. Em 2075, pode restar apenas 5% de florestas no leste da Amazônia. O processo é resultado de desmatamento, mudanças climáticas e queimadas.
As queimadas têm acelerado o processo de formação de área de savana em região que compreende o Mato Grosso e sul do Pará.
Cerca de 70% da área anteriormente coberta por floresta, e 91% da área desmatada desde 1970, é usada como pastagem. Além disso, o Brasil é atualmente o segundo maior produtor global de soja (atrás apenas dos EUA), usada majoritariamente como ração para animais. À medida que o preço da soja sobe, os produtores avançam para o norte, em direção às áreas ainda cobertas por floresta. Pela legislação brasileira, abrir áreas para cultivo é considerado ‘uso efetivo’ da terra e é o primeiro passo para obter sua propriedade.Áreas já abertas valem 5–10 vezes mais que áreas florestadas e por isso são interessantes para proprietários que tem o objetivo de revendê-las. Segundo Michael Williams, "O povo brasileiro sempre viu a Amazônia como uma propriedade comunal que pode ser livremente cortada, queimada e abandonada."A indústria da soja é a principal fonte de divisas para o Brasil, e as necessidades dos produtores de soja têm sido usados para validar muitos projetos controversos de infra-estrutura de transportes na Amazônia.As duas primeiras rodovias, Belém-Brasília (1958) e Cuiabá-Porto Velho (1968), eram, até o fim da década de 1990, as duas únicas rodovias pavimentadas e transitáveis o ano inteiro na Amazônia Legal. Costuma-se dizer que essas duas rodovias são o cerne de um ‘arco de desmatamento’". A rodovia Belém-Brasília atraiu cerca de 2 milhões de colonizadores em seus 20 primeiros anos. O sucesso da rodovia Belém-Brasília em dar acesso à Amazônia foi repetido com a construção de mais estradas para dar suporte à demanda por áreas ocupáveis. A conclusão da construção das estradas foi seguida por intenso povoamento das redondezas, com impactos para a floresta.
Cientistas usando dados de satélites da NASA constataram que a ocupação por áreas de agricultura mecanizada tem tornado-se, recentemente, uma força significativa no desmatamento da Amazônia brasileira. Essa modificação do uso da terra pode alterar o clima da região e a capacidade da área de absorver dióxido de carbono. Pesquisadores descobriram que em 2003, então o ano com maiores índices de desmatamento, mais de 20% das florestas no Mato Grosso foram transformadas em área de cultivo. Isso sugere que a recente expansão agrícola na região contribui para o desmatamento. Em 2005, o preço da soja caiu mais de 25% e algumas áreas do Mato Grosso mostraram diminuição no desmatamento, embora a zona agrária central tenha continuado desmatamento. A taxa de desmatamento pode retornar aos altos níveis de 2003 à medida que a soja e outros produtos agrícolas voltam a se valorizar no mercado internacional. O Brasil tornou-se um líder mundial na produção de grãos, incluindo a soja, que totalizam mais de um terço do PIB brasileiro. Isso sugere que as altas e baixas dos preços de grãos, carne e madeira podem ter um impacto significativo no destino do uso da terra na região.
Fauna
A preservação da natureza está diretamente ligada à biodiversidade que descreve a riqueza e variedade do mundo natural. O homem não poderia sobreviver sem a biodiversidade. Os animais alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumidos diariamente, por exemplo, nos dão a carne, o couro e a insulina.
O termo biodiversidade deve ser considerado em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras. Os excrementos de um animal podem servir de alimento para outros e fertilizar o solo ajudando no crescimento das plantas.
Se o homem não tomar uma providência séria e rápida a respeito da preservação da natureza dentro de uns 15 anos mais ou menos, muitas espécies irão se estinguir, e acarretará um desequilíbrio ambiental .
A lista nacional das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção é um instrumento de conservação da biodiversidade do governo brasileiro, onde são apontadas as espécies que, de alguma forma, estão ameaçadas quanto à sua existência.
Segundo a Lei de Fauna, Lei 5.197/67 proporcionou medidas de proteção e, com o advento da Constituição Brasileira de 1988, o protecionismo à fauna ficou bastante fortalecido tendo em vista o teor do seu Art. 225, assim descrito: "Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da Lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais a crueldade".
Esta Lei elimina a caça profissional e o comércio deliberado de espécies da fauna brasileira. Por outro lado, faculta a prática da caça amadorista, considerada como uma estratégia de manejo e, sobretudo estimula a construção de criadouros destinados à criação de animais silvestres para fins econômicos e industriais.
Existem cerca de 460 espécies de mamíferos brasileiros conhecidas até hoje, destas, cerca de 130 vivem na Mata Atlântica. No entanto, 50 delas existem somente ali. Ou seja, são endêmicas da Mata Atlântica. O Brasil é o terceiro país do mundo mais rico em mamíferos, perdendo apenas para a Indonésia e o México. Há cerca de 58 espécies de mamíferos brasileiros ameaçadas e 14 delas estão na Mata Atlântica.
Primates - Macacos
guariba.
mico-de-cheiro
macaco-aranha
muriqui, mono-carvoeiro
uacari
uacari-preto
guigó, sauá
calimico
sagui
sagui-da-serra-escuro
sagui-da-serra
sagui
macaco-prego-do-peito-amarelo.
cuxiu-de-nariz-branco.
cuxiu
cuxiu
barrigudo
mico-leão-de-cara-dourada
mico-leão-preto
mico-leão-dourado
mico-leão-da-cara- preta
parauacu-branco
soim-de-coleira
sagui-bigodeiro
Carnivora - Carnívoros
cachorro-do-mato-de-orelha-curta
lobo-guará
gato-palheiro
sussuarana, onça-parda
gato-do-mato
jaguatirica
gato-do-mato
gato-do-mato, maracajá
doninha amazônica
lontra
onça-pintada, canguçu, onça-canguçu, jaguar-canguçu
ariranha
cachorro-do-mato-vinagre
Xenarthra - Desdentados
preguiça-de-coleira
tamanduá-bandeira
tatu-canastra, tatuaçu
tatu-bola, tatuapara
Sirenia - Peixes-boi
peixe-boi, guarabá
peixe-boi-marinho, manati
Cetacea - Baleias e Golfinhos
baleia-franca, baleia-franca-austral
jubarte
toninha, boto-cachimbo.
Rodentia - Roedores
ouriço-preto
Família Cricetidae
rato-do-mato-ferrugíneo
rato-do-mato-laranja
rato-do-mato.
Artiodactyla - Veados
cervo-do-pantanal
cariacu
veado-campeiro
Aves
Tinamiformes - Codornas
jaó-do-sul, zabelê, juó
codorna-mineira, codorna-buraqueira, buraqueira
codorna-buraqueiira, perdigão, inhambu-carapé.
macuco, macuca
Ciconiiformes
guará
socó-boi
Phoenicopteriformes
flamingo, ganso-do-norte, ganso-cor-de-rosa, maranhão
Anseriformes
mergulhão, patão, pato-mergulhão
Falconiformes - Falcões e Águias
tauató-pintado, gavião-pombo-grande
falcão-de-peito-vermenho
gavião-real, gavião-de-penacho, uiraçu-verdadeiro, cutucurim, harpia
águia-cinzenta.
gavião-pomba
gavião-pomba
gavião-de-penacho, uiraçu-falso
gavião-preto, gavião-pato
Galliformes - Mutuns
mutum-do-sudeste
mutum-de-penacho, mutum-pinima
mutum-cavalo, mutum-etê, mutum-da-várzea, mutum-piry, mutum-do-nordeste
jacucaca.
jacuguaçu, jacuaçu
jacu-de-barriga-castanha
jacutinga
Charadriiformes - Maçaricos
maçarico-esquimó
Columbiformes - Pombos
pararu, pomba-de-espelho
rolinha-do-planalto, rolinha-do-Brasil-central
Psittaciformes - Papagaios, periquitos e araras
papagaio-da-cara-roxa, chauá
chorão, charão, papagaio-da-serra, serrano
Chauá-verdadeiro, jauá, acumatanga, camutanga
papagaio-de-peito-roxo, papagaio-caboclo, papagaio-curraleiro, jurueba
arara-azul-pequena
arara-azul-grande, ararauna
arara-azul-de-Lear
guaruba, ararajuba.
ararinha-azul
tiriba, fura-mato, cara-suja
fura-mato, tiriba-de-orelha-branca
apuim-de-cauda-vermelha
apuim-de-cauda-amarela
sabiá-cica, araçu-aiava
Cuculiformes - Jacus
aracuão, jacu-molambo, jacu-porco, jacu-verde, jacu-taquara
jacu-estalo
Caprimulgiformes - Bacuraus
bacurau, rabo-branco
curiango-do-banhado
bacurau, tesoura-gigante
mãe-da-lua
Apodiformes - Beija-flores
besourão-de-rabo-branco balança-rabo-canela
Piciformes - Pica-paus e martins-pescadores
pica-pau-rei
pica-pau-de-coleira
pica-pau-de-cara-amarela
cuitelão, bicudo, violeiro
Passeriformes - Passarinhos
negrinho-do-mato
galito, tesoura-do-campo, bandeira-do-campo
caminheiro-grande
tietê-de-coroa
coroinha, pintassilgo-do-nordeste
sabiá-pimenta
Chororó-do-Rio-Branco
Cisqueiro
Cisqueiro
Tiê-bicudo
crejoá, quiruá, catingá
papa-moscas-do-campo
anumará
saí-de-pernas-pretas
Formigueiro-de-cabeça-negra
papa-formiga
cardeal-amarelo
Sebinho-peito-amarelo-branco
papa-moscas-estrela.
Maria-catarinense
Chorozinho-distinto
anambezinho
sabiá-da-mata-virgem, sabiá-do-mato-grosso, sabiá-da-serra, virussu, tropeiro-da-serra
bico-virão-da-caatinga
Estufado-baiano
sabiá-castanho
Formigueiro-de-cauda-ruiva
Formigueiro-de-peito-pintado
choquinha
saíra-apunhalada
bicudo, bicudo-verdadeiro, bicudo-preto
tesourinha
Cara-pintada
Cara-dourada
Limpa-folha-do-Nordeste
cameleirinho-de-chapéu-preto
patinho-gigante
andorinha-do-oco-do-pau
araponga-do-nordeste, guiraponga
papa-formigas
pavoa, pavão, pavó, pavão-do-mato
papa-formigas-de-gravatá
Tapaculo-de-Brasília
papa-capim, cigarra-verdadeira
pichochó, papa-arroz
caboclinho-de-papo-branco
peito-vermelho-grande
tatac
pintor-verdadeiro
Zidedê-do-Nordeste
Papa-formiga
rabo-amarelo
pássaro-preto-de-veste-amarela
arapaçu-do-nordeste
arapaçu
amambé-de-asa-branca, cotinga, ferrugem
Reptilia - Répteis
Chelonia - Tartarugas
cabeçuda, tartaruga-meio-pente.
tartaruga-verde
tartaruga-de-couro, tartaruga-gigante, tartaruga-de-pele
tartaruga-de-pente
Tartaruga-pequena
Cágado, cágado-de-hoge
Squamata - Cobras
surucucu-pico-de-jaca, surucucu
Crocodilia – Jacarés
jacaré-de-papo-amarelo
jacaréaçu
Amphibia - Rãs
rã
Insecta - Insetos
Lepidoptera - Borboletas
Borboleta
Cnidaria - Corais
coral-de-fogo
Natureza
A expressão Natureza (do latim: natura, naturam, naturea ou naturae) aplica-se a tudo aquilo que tem como característica fundamental o facto de ser natural: ou seja, envolve todo o ambiente existente que não teve intervenção antrópica.
Dessa noção da palavra, surge seu significado mais amplo: a Natureza corresponde ao mundo material e, em extensão, ao Universo físico: toda sua matéria e energia, inseridas em um processo dinâmico que lhes é próprio e cujo funcionamento segue regras próprias (estudadas pelas ciências naturais).
Estudo da Natureza
O estudo sistematizado dos elementos da Natureza, seus processos, actividades e consequências se dá através das Ciências naturais.
Astronomia
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Biologia
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Ciências da Terra
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Ecologia
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Física
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Geologia
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Geografia
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Química
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Natureza e o homem
O crescimento das populações, o aumento do consumo ligado às inovações tecnológicas, à escala global, uma proliferação de resíduos que contaminam o ambiente, afectam os ecossistemas, pondo em causa a natureza.
No sentido de permitir um desenvolvimento sustentável, o Homem tem vindo a desenvolver práticas que permitem a proteção e a conservação da Natureza.
Elementos da Natureza
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